economia portuguesa na atualidade

Um país de dois sistemas…

Hoje a China é por direito próprio um colosso mundial... enquanto a economia portuguesa na atualidade cresce muito pouco e não é competitiva.

Após a morte de Mao Tsé-Tung em 1976, a China comunista assiste à ascensão de um novo líder…

Deng Xiaoping

Ao contrário de Mao, que nunca tinha saído da China, Deng tinha na sua juventude, trabalhado na Renault em Billancourt

Em França teve um contacto muito forte com a economia de mercado livre..

Sem nunca abdicar dos ideais comunistas, Deng tentou criar o melhor dos dois mundos…

Uma economia forte controlada pelo estado…

O socialismo de mercado…

Mao, muito mais ortodoxo, persegui-o acusando-o de inimigo do povo e de aliado da união Soviética

Um dos filhos de Deng ficou paraplégico, depois de ter sido atirado de um prédio pelos guardas vermelhos…

Quando Deng sobe ao poder, rapidamente abre a China ao mercado exterior…

Sempre no regime de partido único, mas com um mercado perfeitamente liberalizado…

Os líderes que se seguiram adoptaram a mesma cartilha económica, e hoje a China é por direito próprio um colosso mundial, tendo ultrapassado o Japão e a Alemanha, e sendo o maior investidor na compra de dívida Americana…

Xi Jinping é hoje um líder ao nível de um Donald Trump ou de uma Angela Merkel

O gigante asiático é hoje um caso assombroso de desenvolvimento, mesmo que a outros níveis, como por exemplo os direitos humanos se mantenha pouco aberto a grandes debates…

Portugal fez basicamente o caminho inverso…

De uma economia liberalizada que começava a dar frutos, com a solução de governo encontrada por António Costa, Portugal entrou numa espécie de estagnação, cujas consequências ainda não estão devidamente apuradas…

A diferença fundamental entre a China e Portugal, reside na capacidade mão de obra…

Mais de mil milhões pessoas de um lado e pouco mais de dez milhões de outro…

Portugal cresce muito pouco, em comparação com outros países da zona Euro…

Por outro lado, os juros da nossa dívida pública são muito altos…

Os investidores não acreditam na nossa capacidade e isso vai ser pago com língua de palmo…

Não podemos pedir investimento privado, quando o que temos para dar à troca são dois partidos que abominam qualquer tipo de propriedade privada…

Não podemos pedir investimento Americano, quando no parlamento se votam moções de censura a Donald Trump

Não podemos pedir a renegociação da dívida, quando todos os dias falamos mal do Banco Central Europeu

Portugal está numa encruzilhada…

Apoiamos a NATO, mas o BE e o PCP querem sair dela…

Apoiamos o Euro, mas o BE e o PCP querem tirar-nos dele…

As subidas constantes das taxas de juro, deveriam levar o governo a ver o óbvio…

Portugal não é atractivo em termos de compra de dívida…

Isso vai fazer-nos endividar cada vez mais…

Pondo em causa o nosso futuro enquanto país…

Só a Grécia paga mais juros que nós…

E no entanto, Tsipras era há um tempo atrás o ídolo da esquerda Portuguesa…

Quando estávamos a dar passos no sentido de nos aproximar de países como a Espanha e a Irlanda, a reversão efectuada após as eleições de 2015, levaram o país para uma situação que em breve se poderá tornar insustentável…

Quem cresce 1,2 por cento ao ano, não tem como pagar mais de 4 por cento de juros…

Parece-me lógico…

Ao contrário de Deng Xiaoping, que transformou a China numa economia de mercado, com os resultados que hoje estão à vista de todos, em Portugal fez-se o inverso…

Lentamente estamos a transformar uma economia de mercado livre, numa economia dominada pelo estado, com os resultados que e lamentavelmente para nós, também começam a estar à vista…

Há que ter a noção da realidade, por muito que ela nos seja adversa…

A economia assente na força das empresas privadas, veio para ficar…

Lutar contra isso é uma tarefa utópica e quixotesca, que poderá deixar o nosso país numa espiral de desastre económico, da qual será por certo muito difícil sair…

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António Franco
António Franco

Nasci em 1966 na aldeia da Paúla, em Alenquer, e vivo dos meus prazeres...
Gosto de política, de ler, não dispenso uma ida ao Gerês e à Nazaré...
Conversar com os meus filhos enche-me a alma...
O cheiro da terra molhada, assim como o nascer do sol e as noites estreladas de verão, alimentam-me o espírito...
Depois de tudo isto contemplo a paisagem com um passeio junto aos moinhos...
Este sou eu!

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