Entendo, pois, agora a voz imperatriz
Pedindo-me que eu cante a alma que já foi
Dos líricos espaços aqui, por Monte Boi,
De uma anciã saudade serena, e tão feliz.
Entendo o chamamento do telurismo abstracto;
Um murmúrio do tempo que para aqui me trouxe…
E eu ando pela aldeia, assim como se fosse
Humilde camponês, irmão de algum regato.
Desenho, com os passos, ao longo do pinhal
Uma vereda estreita… e a várzea lá ao fundo,
E os soluços dos montes; São Marcos, todo o mundo
E, a Sul, o azul do mar recorta o areal.
Contemplo estes valados e um “ não sei quê” de espanto
Habita a minha alma perante a perfeição
O aprumo destas pedras, muralhas que aqui estão
Pela força dos braços desses homens de “ há tanto”.
Há uma voz do sangue que traz, e me segreda,
De volta ao simples berço do étimo lugar
Para que em minha alma eu possa retratar
Os versos que concebo…e entrego, em almoeda.
Loja, 17 Junho 2016, 9,25 h
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