Há coisas que vos digo que não sei bem porquê.
Respeito, humildemente, que dentro em mim se faça
A vontade da essência que tenho, como graça,
Na visão doutro “olhar” que mais ao longe “vê”.
Ó Monte Boi; regresso ao aconchego etéreo,
Este regresso a casa, lugar onde já estive
Debruçado no monte; senhor deste declive
Perante a vastidão de outro maior “ mistério”.

As coisa que sabemos, sem que ninguém nos diga;
Trazemos dentro em nós pelas veias, pelas artérias
Que de tão pouco valem, do mundo, estas misérias
Desde que em nós crepite a chama mais antiga.
Ó Monte Boi, fascínio do Algarve ainda puro,
Este sossego infindo erguendo o meu futuro
Tal como, pedra a pedra, se ergueram os valados;
As muralhas dos montes de musgo coroados.
Assim, no régio espanto que, às vezes, me visita
Descrevo esta beleza, prestando mais tributo
Ao silêncio das ruas que, pela tarde, escuto
Até que a lua surja; a leste, enorme, acesa.
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20 junho 16, 17,08 h
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