Porque vale a pena viver pela poesia, eis-me metafórico e disperso. Eis-me, sobranceiro na altaneira soberania do desejo, transgressor dos dias em si mesmos para que outros dias surjam marcados, a ferro e fogo, com o selo do espanto e das demoras.
Porque vale a pena viver pela poesia, a minha pena é feita de pena alegre-e-triste visto inclinar o olhar sobre os passos obscuros, dado que as palavras são sagradas e o plasma do silêncio tem um não sei quê de sorriso evanescido quando se desenha, curvilíneo no meu canto aos cantos da boca, perante o trinar da linguagem dos pássaros.
Porque vale a pena viver pela poesia, sou animal que perfura a terra da inércia na ânsia retorcida das raízes em busca dos rios interiores da seiva; também me contorço e acaricio os cristais soterrados sob a linha do horizonte.
Porque vale a pena viver pela poesia, faço da melancolia fermentando estes momentos frágeis, de ternura, para encontrar um amplo sinal de partida par esse país que é um lugar de lugar nenhum, onde tu moras…
Porque vale a pena viver pela poesia…suicido-me, fora do espaço e do tempo…fora de horas.
23 maio
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