Desdobro estes meus dias, tal como se desdobra
A folha nasciturna da frágil bananeira;
Quase um papel de seda, lembrando uma bandeira
Feita de clorofila, irmã da minha obra.
Rasgos de extensos cortes, metáforas de plumas,
Das penas com que vivo, e plano sobre a terra
São asas as bandeiras onde, o meu sonho, encerra
A viagem sem rumo mas de ilusões algumas.
Loja
1 junho 16
10 h
Diamante polido, o sol que refulgindo
Devolve a sua luz sobre casas da encosta
Além pela Zimbreira… De um dia ainda dormindo;
A tela surreal de que a minha alma gosta.
Diamante polido, a luz meridional;
Um grito, um calafrio, que me atravessa a ânsia
A cal a frio, de mim, por dentro da distância;
Zimbreira, eis o oásis no monte…mas de cal.
Passo ausências de mim, às vezes, se procuro
Olhando para trás o marasmo da vida…
E pasmo por não ver, ao longe, meu futuro;
Um largo solitário com uma árvore a sós, perdida.
Loja
1 Junho 16
16,10h
O orgulho? É certeza da grandeza que julgo
Ser minha, não vaidade essas de outros pertença;
O orgulho? A consciência, sou diferente do vulgo.
O orgulho? É timidez de insegurança; imensa.
Loja
1 junho 16
17 h
