Passou mais um natal…
As luzes apagam-se…
A árvore desmancha-se…
O consumismo desenfreado acaba…
Até ao próximo Natal…
Apenas resta a mensagem…
De alguém superior que nasceu na terra santa há muitos séculos atrás…
Pode-se acreditar ou não em Jesus Cristo, mas não se fica indiferente…
Estamos provavelmente a falar do maior profeta da História da humanidade, criando as raízes que hoje suportam grande parte da sociedade ocidental…
Aquele que ao intitular-se “filho de Deus”, vem provocar ódios e paixões quase irracionais…
Que subsistem nos dias de hoje…
Aquando da queda da União Soviética, o primeiro impulso das pessoas foi regressarem ás igrejas, cujo acesso lhes tinha sido vedado desde a época Estalinista…
A génese da queda do muro de Berlim, nasce também ela numa igreja de Leipzig…
Com as célebres reuniões das segundas feiras…
Falar de Jesus Cristo é por isso um tema apaixonante…
Vejamos…
Estamos a falar de um homem que através da mensagem, “vergou” o maior império conhecido, á excepção de Alexandre Magno…
A brutalidade do Império Romano é por demais conhecida…
Desde gladiadores a escravos, passando pelo tormento dos remadores de galés, Roma é um misto de beleza e crueldade…
Passam pelo poder homens fantásticos como Augusto, Tibério ou Constantino, ao mesmo tempo que verdadeiros déspotas como Calígula ou Nero, também se sentam no trono Imperial…
É neste equilíbrio periclitante que Jesus aparece…
Na província mais pobre e longínqua do Império…
Com uma mensagem simples…
De amor e fraternidade universais…
Transmitindo aos crentes uma fé tal, que estes não hesitarão em deixar-se perseguir em seu nome…
Hoje em 2017 quando se ouvem apelos contra a perseguição a cristãos no médio oriente, não podemos deixar de nos interrogar…
Será que estamos a assistir a um novo ciclo de intolerância religiosa?
Levada a cabo agora por crentes num outro Deus?
A mensagem de Cristo continua forte… actual…
Mas terá que ser concreta…
Não podemos abandonar aquele sobre o qual a nossa civilização foi edificada…
Os nossos valores foram construídos…
O nosso modo de vida foi sendo consubstanciado…
O natal dos cristãos será sempre um tempo de fé…
De esperança…
Mas terá que ser também um tempo de ideais…
Porque foram esses ideais que permitiram à civilização ocidental, o avanço que hoje todos lhe reconhecem…
Não nos esqueçamos nunca disso…
Para que Jesus não tenha nascido em vão…
Mas fundamentalmente para que a sua morte, não tenha sido inglória…
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